quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Síndrome do Panico


Síndrome do Pânico


O Transtorno do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos, e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.

Os portadores de Pânico costumam ter tendência a preocupação excessiva com problemas do cotidianos, têm um bom nível de criatividade, excessiva necessidade de estar no controle da situação, têm expectativas altas, pensamento rígido, são competentes e confiáveis. Freqüentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas necessidades físicas. Psicologicamente eles costumam reprimir alguns ou todos sentimentos negativos, sendo os mais comuns o orgulho, a irritação e, principalmente, os conflitos íntimos.

Essa maneira da pessoa ser acaba por predispor a situações de estresse acentuado e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o aparecimento do Pânico.

Depois das primeiras crises de Pânico, durante muito tempo os pacientes se recusam aceitar tratar-se de um transtorno psicoemocional. Normalmente costumam ser pessoas que não se vêem sensíveis aos problemas da emoção, julgam-se perfeitamente controladas, dizem que já passaram por momentos de vida mais difíceis sem que nada lhes acontecesse, enfim, são pessoas que até então subestimavam aqueles que sofriam problemas psíquicos.

  • Tendência a preocupação excessiva
  • Necessidade de estar no controle da situação
  • Expectativas altas
  • Pensamento relativamente rígido (dificuldade em aceitar mudanças de opinião)
  • Reprimem sentimentos pessoais negativos (não sabemos o que estão sentindo)
  • Julgam-se perfeitamente controladas (duvidam tenham problemas emocionais)
  • São extremamente produtivas (não relaxam, sempre estão fazendo algo)
  • Assumem grandes responsabilidades (ocupacionais e familiares)
  • Perfeccionistas
  • Exigentes consigo mesmas (conseqüentemente, com os outros também)
  • Não aceitam bem os erros ou imprevistos

Psicologia do Pânico

Psicologicamente constata-se, na expressiva maioria dos portadores de Pânico, a existência de conflitos intra-psíquicos. Algumas vezes nem mesmo os pacientes têm a nítida noção de estarem vivenciando tais conflitos, os quais atuam, nestes casos, mais à nível inconsciente.

Se a Síndrome do Pânico é uma espécie de reação emocional (ansiosa) à determinados conflitos, vivências e/ou circunstâncias da vida, porque a pessoa reage apresentando esse Pânico e não, por exemplo, a Depressão ou a Ansiedade típica?


Acontece com as emoções o mesmo que ocorre com a alergia, fazendo uma analogia didática. Imagine 20 pessoas numa sala impregnada de fungos, mofo ou bolor. Destas 20 pessoas, pode ser que apenas 6 delas tenham alergia como reação aos fungos. Dessas 6 pessoas, pode ser que 2 delas reajam com rinite alérgica e espirros, outras 2 com urticária e eczemas e as 2 restantes com asma brônquica. Como vimos, diante de um mesmo agente agressor, nem todos foram sensibilizados e, dos que foram sensíveis, tivemos três tipos de reação diferente.


Emocionalmente algo semelhante acontece. Diante da tensão, do estresse, da angústia, dos conflitos, ou da ansiedade exagerada as pessoas podem reagir diferentemente; algumas necessitam de muito mais estímulos para reagirem, e das que reagem cada qual reagirá à sua maneira. Algumas pessoas reagirão com Depressão Típica, outras com Fobias, outras ainda com Pânico, Obsessão-Compulsão, Ansiedade Generalizada, etc.


A emoção, como o álcool, embriaga em graus variáveis e, como na embriaguez verdadeira, cada um de nós reagirá à este estado de acordo com sua personalidade. Hipoteticamente, sendo impossível ao ser humano viver sem emoções, vamos imaginar que vivemos embriagados em graus variados. Assim sendo, a experiência clínica tem nos mostrado que sofrerá de Pânico, como uma forma de Depressão Atípica, todo aquele que se esforça para disfarçar sua "embriaguez" com todas suas forças. É como se o custo por dissimular os conflitos e as emoções fosse muito alto.


É por isso que, inicialmente, nenhum paciente com Pânico se diz emotivo, deprimido ou mesmo vivendo algum conflito. Como dissemos, na maioria das vezes os portadores de Pânico são pessoas extrovertidas, determinadas, decididas, capazes de enfrentar situações muito adversas, corajosas e sem antecedentes de transtornos emocionais.


Apesar dessas características, depois do primeiro episódio de Pânico, normalmente de gravidade suficiente para atendimento em Pronto-Socorro, essas pessoas tornam-se mais amedrontadas, tensas e inseguras. Considerar que o extremo mal estar pelo qual passaram tenha tido origem puramente emocional é a última coisa que acreditam.


Ataques do Pânico*


* texto baseado no DSM.IV (Classificação da Associação Norte-Americana de Psiquiatria)

Os ataques de pânico são recorrentes (voltam) e caracterizam essencialmente este distúrbio. Essas crises se manifestam por ansiedade aguda e intensa, extremo desconforto, sintomas vegetativos (veja a lista) associados e medo de algo ruim acontecer de repente, como por exemplo da morte iminente, ou passar mal, desmaiar, perder o controle, etc. As crises de ansiedade no Pânico duram minutos e costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais, podendo surpreender o paciente em ocasiões variadas.

Não obstante, existem outros pacientes que desenvolvem o episódio de pânico diante de determinadas situações pré-conhecidas, como por exemplo, dirigindo automóveis, diante de grande multidão, dentro de bancos, etc. Quando as situações que precipitam as crises são semelhantes à essas, dizemos que o Transtorno do Pânico é acompanhado de Agorafobia.


Uma vez que os Ataques de Pânico ocorrem em diversos quadros de Ansiedade, um Ataque de Pânico não significa, necessariamente, que existe a clássica Síndrome do Pânico. Pode haver ataque de Pânico na Ansiedade Generalizada, por exemplo. 



A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 dos 13 sintomas físicos citados abaixo.

O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos e é acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente. Os 13 sintomas físicos são os seguintes:

1 - palpitações, 
2 - sudorese, 
3 - tremores ou abalos, 
4 - sensações de falta de ar ou sufocamento, 
5 - sensação de asfixia, 
6 - dor ou desconforto no tórax, 
7 - náusea ou desconforto abdominal, 
8 - tontura ou vertigem, 
9 - sensação de não ser ela(e) mesma(o), 
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer", 
11 - medo de morrer, 
12 - formigamentos e 
13 - calafrios ou ondas de calor.


Os ataques que satisfazem todos os demais critérios mas têm menos de 4 sintomas físicos são chamados de ataques com sintomas limitados.

As pessoas que buscam cuidados médicos para Ataques de Pânico inesperados, geralmente descrevem o medo como intenso e relatam que achavam que estavam prestes a morrer, perder o controle, ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral ou de "enlouquecer". Eles também citam, geralmente, um desejo urgente de fugir de onde quer que o ataque esteja ocorrendo.

A falta de ar é um sintoma comum nos Ataques de Pânico. O rubor facial é comum em Ataques de Pânico ligados a situações relacionadas à ansiedade social e de desempenho. A ansiedade característica de um Ataque de Pânico pode ser diferenciada da ansiedade generalizada por sua natureza intermitente (em crises) enquanto na ansiedade generalizada a ansiedade não vem em crises mas sim, continuada.


  • Transtorno de Ansiedade,
  • Fobia Social,
  • Fobia Específica,
  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático,
  • Transtorno de Estresse Agudo.
Na determinação da diferença diagnóstica entre um Ataque de Pânico e outro quadro emocional é crucial considerar o contexto no qual ocorre o Ataque de Pânico. Existem três tipos característicos de Ataques de Pânico, com diferentes relacionamentos entre o início do ataque e a presença ou ausência de ativadores situacionais:
1 - Ataques de Pânico Inesperados (não evocados), nos quais o início do Ataque de Pânico não está associado com uma situação ativadora, isto é, ocorre espontaneamente, "vindo do nada";
2 - Ataques de Pânico Ligados a Situações (evocados), nos quais o Ataque de Pânico ocorre, quase invariavelmente, logo após à exposição ou antecipação a uma situação ativadora, como por ex., ver uma cobra ou um cão que sempre ativa um Ataque de Pânico imediato;
3 - Ataques de Pânico Predispostos pela Situação, que tendem mais a ocorrer na exposição a uma situação ativadora, mas não estão invariavelmente associados a ela e não ocorrem necessariamente após a exposição. Por ex., os ataques tendem a ocorrer mais quando o indivíduo está dirigindo, mas existem momentos em que a pessoa dirige e não tem um Ataque de Pânico ou momentos em que o Ataque de Pânico ocorre após dirigir por meia hora.
A importância dessa classificação quanto ao surgimento do ataque prende-se ao conhecimento de que:
a - A ocorrência de Ataques de Pânico inesperados é um requisito para o diagnóstico de Transtorno de Pânico (com ou sem Agorafobia).
b - Ataques de Pânico ligados a situações são mais característicos da Fobia Social e Fobia Específica.
c - Os Ataques de Pânico predispostos por situações são especialmente freqüentes no Transtorno de Pânico, mas às vezes podem ocorrer na Fobia Específica ou Fobia Social.
Fazer a diferença de diagnóstico dos Ataques de Pânico é complicado pelo fato de nem sempre existir um relacionamento exclusivo entre o diagnóstico e o tipo de Ataque de Pânico. Por exemplo, embora o Transtorno de Pânico por definição exija que pelo menos alguns dos Ataques de Pânico sejam inesperados, os indivíduos com Transtorno de Pânico muitas vezes relatam ataques ligados a situações, particularmente no curso mais tardio do transtorno.
Normalmente, depois do primeiro ataque as pessoas com Pânico experimentam importante ansiedade e medo de vir a apresentar um segundo episódio. Trata-se de extrema insegurança e por muito tempo essas pessoas continuam achando que sofrem do coração ou, quando se tenta afastar essa possibilidade, mediante uma série de exames cardiológicos negativos, pensam ser eminente um derrame cerebral.

A ansiedade é tanta que os pacientes ficam ansiosos diante da possibilidade de virem a ficar ansiosos. É o famoso,"medo de ter medo". Por causa disso, esses pacientes passam a evitar situações possivelmente facilitadoras da crise, prejudicando-se socialmente e/ou ocupacionalmente em graus variados. São pessoas que deixam de dirigir, não entram em supermercados cheios, evitam aventurar-se pelas ruas desacompanhadas, não conseguem dormir, não entram em avião, não freqüentam shows, evitam edifícios altos, não utilizam elevadores e assim por diante. De qualquer forma a mobilidade social e profissional de tais pacientes encontra-se prejudicada de alguma maneira. Esse é o chamado comportamento evitativo.

Os pacientes com Transtorno do Pânico podem necessitar sempre de companhia quando saem de casa e, posteriormente, podem até se recusar a sair de casa devido ao medo de passar mal na rua, de morrer subitamente ou enlouquecer ou perder o controle de repente. Eles também citam, geralmente, um desejo de fugir urgente de onde quer que o ataque possa ocorrer. Algumas vezes podem apresentar ansiedade antecipada diante da possibilidade de ter que sair de casa. Normalmente esses pacientes têm muita dificuldade em dormir desacompanhados, procuram insistentemente o cardiologista e recorrem ao auxílio religioso com entusiasmo.

As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira via-sacra a diversos especialistas médicos e, após uma quantidade exagerada de exames médicos negativos, recebem o frustante diagnóstico de que não têm nada, aumentando ainda mais a insegurança e desespero.

Durante os Ataques de Pânico alguns médicos tentam confortar o paciente fazendo-o entender que não está em perigo, mas isso pode, inclusive, aumentar ainda mais sua angústia. Podem até julgar que o médico está sendo displicente e não estar valorizando devidamente seu grave estado. Portanto, quando o médico usa expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isso pode até piorar as dificuldades do paciente. Pode dar a falsa impressão de que não há problema real ou de que não existe tratamento. A maioria dos médicos deveria dizer que não há nada de grave fisicamente ou organicamente mas sim, um sério problema emocional que deve ser tratado.

Depois de um Ataques de Pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada, dentro de um elevador ou na fila do banco - a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados de fobias à estas situações e, daí em diante, começa a evitar as circunstâncias supostamente capazes de desencadear novas crises. O nível de ansiedade e o medo de uma nova crise vai gradativamente aumentando, até atingir proporções onde a pessoa pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo de pôr o pé fora de casa. Desta forma, o distúrbio do Pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana da pessoa como qualquer outra doença grave.

Transtorno do Pânico (Doença do Pânico, Síndrome do Pânico)

O Pânico pode ser considerado também como um estado de Ansiedade Paroxística, classificado na CID-10 dentro dos Transtornos de Ansiedade (F41.0). Os ataques de pânico recorrentes caracterizam essencialmente este distúrbio; crises de medo agudo e intenso, extremo desconforto, sintomas autossômicos vegetativos associados e medo de morte iminente.

O DSM-IV enfatiza e a CID-10 cita que, muito freqüentemente, um Transtorno Depressivo coexiste com o Transtorno do Pânico. Nós, particularmente, achamos que a Síndrome do Pânico é, literalmente, uma forma atípica de doença depressiva. O sentimento de pânico é, em essência, uma grave sensação de insegurança e temor. Ora, quem mais, além dos deprimidos, pode sentir-se tão inseguro a ponto de sentir a morte (ou o passar mal) iminente ?

O Transtorno do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres quando desacompanhado da Agorafobia, mas é duplamente mais freqüente em mulheres quando associado à este estado fóbico. Biologicamente o Transtorno do Pânico tem sido associado à elementos muito interessantes:

1- Há susceptibilidade do paciente com Pânico ao teste do lactato de sodio, sendo possível desencadear crises em laboratório através da infusão do lactato. Os ataques de pânico pós-exercício facilitaram a hipótese sobre a pouca tolerância destes pacientes ao ácido láctico (metabólito do exercício muscular). Constatou-se que 70% dos pacientes com esse diagnóstico desenvolviam a crise no laboratório depois da infusão de lactato de sódio, enquanto apenas 5% dos não-portadores do distúrbio desenvolviam a crise com a infusão. Atualmente tem sido aceita a idéia do lactato de sódio induzir a um aumento de noradrenalina circulante, fazendo crer que, não o lactato em si, mas a noradrelina seria a responsável pelo desenvolvimento da crise de pânico.

2- O estudo das imagens cerebrais e a freqüente coexistência do Transtorno do Pânico com prolapso de válvula mitral são concordâncias clínicas importantes. Os estudos referentes à prolapso da válvula mitral demonstraram que esta alteração anatômica está presente em 50% dos pacientes com Transtorno do Pânico e em apenas 5% da população normal. A síndrome do prolapso da válvula mitral é assintomática em 20% dos casos, entretanto, quando há sintomas cardiorespiratórios o quadro se assemelha muito ao Transtorno do Pânico. A base e o significado da associação entre o prolapso da válvula mitral e o Transtorno do Pânico é desconhecida.

3 - Kaplan refere um estudo onde se constata um aumento do fluxo sangüíneo cerebral na área para-hipocampal direita de pacientes com teste positivo para a infusão de lactato. Tais pacientes mostravam ainda um metabolismo cerebral global aumentado.

4 - O componente genético do Transtorno do Pânico é outro elemento a ser considerado. A taxa de concordância para gêmeos monozogóticos é de 80 a 90%, enquanto para os dizigóticos à apenas de 10 a 15%. Entre os parentes de primeiro grau, 15 a 17% são também afetados.

Incidência e Causas de Pânico

No mundo inteiro, existem pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico. De acordo com as pesquisas, de 2 a 4% da população mundial é acometida por este mal, o qual já é considerado um sério problema de saúde. O Pânico ou as diversas formas de Fobias é, certamente, uma das causas mais freqüentes de procura a psiquiatras e podemos considerá-lo o segundo lugar de todas as queixas emocionais, precedido apenas pela Depressão. Mesmo assim, é demasiadamente freqüente a associação do Pânico com a Depressão.

Qual seria a causa desse grande aumento do número de casos de Transtorno do Pânico. Possivelmente deve-se ao aumento da ansiedade patológica na vida moderna. A cronificação dessa ansiedade patológica irá desencadear estados de estresse continuado. Tanto eventos desagradáveis, profissionais ou extra-profissionais, quanto eventos agradáveis, também em ambos os campos, podem se constituir em agentes estressores: morte de ente querido, nascimento de filho, despedida ou promoção no emprego, casamento ou separação, todos são potencialmente estressores.

Sabemos hoje que a síndrome do Pânico está biologicamente associada a uma disfunção dos neurotransmissores a qual criaria um fator agravante na sensação de medo. De acordo com uma das teorias, o sistema de alerta normal do organismo - um conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja à alguma ameaça ou se adapte a uma circunstância - é ativado desnecessariamente na crise de Pânico, sem que haja um perigo iminente de fato.

O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores, responsáveis pela comunicação entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Daí o organismo desencadearia uma reação de alerta indevidamente, como se houvesse realmente uma ameaça concreta.

Seria isto, exatamente, o que ocorreria em um Ataque de Pânico: uma informação incorreta, decorrente de uma disfunção dos neurotransmissores, alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que, na realidade, concretamente não existe. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que se encontram em desequilíbrio são os mesmos envolvidos na Depressão: a Serotonina e a Noradrenalina. Vem daí a idéia de aplicar-se ao transtorno do Pânico o mesmo tratamento medicamentoso da Depressão.

Constata-se também que o Pânico ocorre com maior freqüência em algumas famílias, significando haver uma participação importante de fatores hereditários na determinação de quem está sujeito ao distúrbio. Apesar dessa concordância, muitas pessoas desenvolvem este distúrbio sem nenhum antecedente familiar.

Vale ressaltar ainda, que alguns medicamAentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc.), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao Pânico.








domingo, 12 de agosto de 2012

Daltonismo


daltonismo é uma deficiência na visão que dificulta a percepção de uma ou de todas as cores.
Durante séculos, os problemas relacionados com a visão das cores não encontraram mais que soluções e interpretações puramente empíricas.
Foi somente por volta de 1801 que o físico inglês Thomas Young formulou, em termos de hipótese, a primeira explicação científica para a sensibilidade do olho humano às cores.
Cerca de cinqüenta anos mais tarde, Hermann von Helmholtz, físico e fisiologista alemão, se encarregaria de desenvolver essa hipótese e convertê-la em teoria, que se tornou universalmente aceita.
Daltonismo - Figura Ilustrativa II
Segundo a teoria de Young-Helmholtz, a retina possui três espécies de células sensíveis - os cones.
Cada uma delas seria responsável pela percepção de uma dada região do espectro luminoso. Essas regiões seriam o vermelho. o verde e o azul.
Estas seriam as cores primárias, que, por combinações, originariam todos os outros tons cromáticos. Embora a teoria de Young-Helmholtz tenha sido contestada, ela se ajusta, ainda hoje, aos fenômenos observados.
Daltonismo - Figura Ilustrativa III
Os estímulos imediatos da percepção visual são os feixes luminosos que, depois de passarem pela pupila, incidem na retina. É ali que a energia luminosa se converte em sinais elétricos, responsáveis pela atividade neural.
Os impulsos neurais, provenientes da retina, são então encaminhados ao cérebro, que os interpreta e classifica.
A cor que você vê depende de quanto é excitada cada espécie de cone.
Quando você olha para a luz vermelha, somente os cones de suas retinas sensíveis ao vermelho enviam mensagens para o cérebro.
Se você olhar para uma luz verde, os cones sensíveis ao verde responderão. Os cones sensíveis ao azul responderão à luz azul mais intensamente.
(Sensibilidade dos cones)
Sensibilidade dos cones
Nem todas as pessoas vêem as cores da mesma maneira. Aproximadamente 10% dos homens e 1% das mulheres apresentam algum grau de deficiência na avaliação das cores. Essa deficiência chama-se daltonismo. Nas pessoas daltonicas os cones não existem em número suficiente ou apresentam alguma alteração.
O tipo mais comum de daltonismo é aquele em que a pessoa não distingue o vermelho do verde.
Aquilo que, para uma pessoa é normal, é verde ou vermelho, para esse daltônico é cinzento em várias tonalidades.
O motorista com esse tipo de daltonismo pode contornar o problema de distinguir as luzes do semáforo observando suas posições, pois pelas cores não é possível. Em número menor, existem daltônicos que confundem o azul e o amarelo.
Um tipo raro de daltonismo é aquele em que as pessoas são completamente "cegas" para as cores: seu mundo é em preto, branco e cinzento.
Existem testes especiais que permitem detectar se uma pessoa é ou não daltônica. A figura seguinte, por exemplo, serão observadas diferentemente por pessoas de visão normal e por aqueles que sofrem de daltonismo.
74
Fonte: geocities.yahoo.com.br
Daltonismo 

Você identifica o número 74 no interior do círculo abaixo de pontos coloridos?

Não?
Então você pode ter um tipo de deficiência para visão de cores conhecida como daltonismo.
Daltonismo

O que é daltonismo?

É uma condição em que certas cores, principalmente o verde e o vermelho são confundidas.
É uma deficiência hereditária de transmissão bastante peculiar, homens daltônicos vão transmitir o gene do daltonismo somente para suas filhas, nunca para os filhos (esse gene está sempre no cromossomo X).
As filhas não manifestam nunca o daltonismo, mas têm uma chance de 50% de transmiti-lo para seus filhos homens.
Na retina humana normal existem receptores sensíveis às cores, os cones, que contêm pigmentos seletivos para a cor verde, vermelha e azul.
A deficiência de cores ocorre quando há uma redução na quantidade de um ou mais desses pigmentos. Conhecido também como "cegueira para as cores" o daltonismo não é tido como uma deficiência física de grande significado apesar de dificultar, e muitas vezes impossibilitar, uma série de atividades profissionais e do dia-a-dia.
Apesar de não existir nenhum tratamento, recursos ópticos foram desenvolvidos para facilitar a identificação das cores.
Fonte: www.oftalmocuritiba.com.br

sábado, 28 de julho de 2012

Síndrome de Down

O que é?
A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.



Características Clínicas


A síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.
É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.
As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.

 É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança.
Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome. 


Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são: 

  • Achatamento da parte de trás da cabeça,
  • Inclinação das fendas palpebrais,
  • Pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,
  • Língua proeminente,
  • Ponte nasal achatada,
  • Orelhas ligeiramente menores,
  • Boca pequena,
  • Tônus muscular diminuído,
  • Ligamentos soltos,
  • mãos e pés pequenos,
  • Pele na nuca em excesso.



Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.
As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.
Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.
Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.
Citogenética
A maior parte dos indivíduos (95%) com trissomia do 21 tem três cópias livres do cromossomo 21; em aproximadamente 5% dos pacientes, uma cópia é translocada para outro cromossomo acrocêntrico, geralmente o 14, o 21 ou o 22. Em 2 a 4% dos casos com trissomia do 21 livre, há mosaicismo, isto é, uma linhagem de células com trissomia e uma linhagem de células normal na mesma pessoa.
Aconselhamento genético
Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe.
Cuidados especiais 


As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial. 

  • Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.
  • Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.
  • Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.
  • Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.
  • Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.
  • Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.
  • Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.
  • Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.


Esquizofrenia em crianças e adolescentes


Esquizofrenia em crianças e adolescentes



A esquizofrenia pode ser conceituada como um transtorno do neurodesenvolvimento associado a déficits na cognição, afeto e funcionamento social.
A esquizofrenia infantil é definida como o aparecimento de sintomas psicóticos específicos e prejuízos nas funções adaptativas antes dos 13 anos de idade. Alguns autores denominam a patologia com surgimento nessa faixa etária de esquizofrenia de início muito precoce (Very Early-Onset Schizophrenia – VEOS). Já, quando sua ocorrência se dá na adolescência (entre 13 e 17 anos), é nomeada esquizofrenia de início precoce (Early-Onset Schizophrenia – EOS).
A dificuldade em se diagnosticar esquizofrenia na infância e na adolescência já se inicia no processo de avaliação.
O pensamento infantil é rico em fantasias e crenças mágicas, que preponderam sobre o pensamento lógico.
Na fase da adolescência, encontramos uma “certa desestruturação” psíquica, considerada por alguns autores como “fisiológica”. Quadros esquizofrênicos podem vir associados a retardo mental ou a outros transtornos do desenvolvimento, a sintomas afetivos ou a sintomas de autismo, o que implica uma maior heterogeneidade psicopatológica e complexidade diagnóstica.
Existe um grupo de crianças que apresentam sintomas psicóticos breves, com déficits da atenção e das habilidades sociais, aliados a alterações da estrutura cerebral e respostas a testes neuropsicológicos semelhantes às de pacientes esquizofrênicos, e que têm história familiar de parentes em 1º grau com transtorno do espectro esquizofrênico. Kumra (2000) avaliou esses pacientes, identificando-os como portadores do que foi chamado de Síndrome de Prejuízo Multidimensional. De acordo com esses autores, grandes evidências sugerem tratar-se de um quadro pertencente ao espectro da esquizofrenia infantil.
Pelo exposto, pode-se perceber que prudência e observação a médio ou longo prazo são imprescindíveis para se concluir pelo diagnóstico de esquizofrenia, o que não significa deixar de introduzir a terapêutica adequada o mais precocemente possível, evitando-se, por meio de medidas terapêuticas, seqüelas e cronificação.
Quanto à prevalência de transtornos psicóticos em crianças e adolescentes, encontram-se valores de aproximadamente 1% em amostras comunitárias. Dados em relação à esquizofrenia infantil são bastante limitados. O início dessa patologia na infância é considerado raro, estimando-se uma prevalência 50 vezes menor do que em adultos. Na série de casos de Kolvin (1971), foi notado que o autismo era 1,4 vezes mais comum do que a esquizofrenia infantil.
Quanto ao sexo, os valores variam de acordo com os estudos; estes apontam desde razões que indicam ligeira predominância masculina (1,5 a 2 para 1) a razões essencialmente iguais entre os sexos. Em relação aos níveis de inteligência há indícios de que a maior parte das crianças esquizofrênicas se encontra nas faixas de inteligência média-baixa e média, sendo elas provenientes de populações com menor poder aquisitivo e com história familiar positiva para a doença.


Alucinações


As alucinações auditivas são as mais comuns e, entre estas, as vozes imperativas e de caráter persecutório aparecem com maior freqüência. Outras modalidades podem ocorrer, tais como alucinações visuais, olfativas, gustativas, táteis e cenestésicas.
Alguns jovens e crianças maiores poderão omitir conscientemente suas vivências alucinatórias, enquanto crianças menores poderão não revelá-las por não as perceber como fenômenos anormais
Sinais comportamentais que sugerem a presença de alucinações são: solilóquios, risos imotivados, cobrir os ouvidos, parecer alheio ao ambiente ou olhar ao redor atento a “algo”, bater na cabeça ou com a cabeça na parede, por exemplo.
Alguns estudos demonstram que o mais freqüente sintoma psicótico em crianças e adolescentes é a alucinação auditiva, sendo percebida pela criança menor como “vozes vindas de dentro da cabeça” e pelo adolescente como “vindas de fora da cabeça”.


Delírios


São sintomas pouco freqüentes em crianças, talvez pela imaturidade cognitiva ou pela baixa incidência de esquizofrenia nessa faixa etária. Os mais comuns são os delírios de referência, de perseguição ou de que as pessoas podem ler suas mentes.
A temática, de um modo geral, está ligada às atividades e às preocupações do mundo da criança (monstros, fantasmas, animais) e do adolescente (imagem corporal, identidade sexual etc.). Quanto maior a idade, mais complexos e elaborados são os delírios.


Alterações na forma ou curso do pensamento
A avaliação dessas desordens na criança menor é difícil.
Em crianças mais velhas ou maiores de 7 anos, são comuns: afrouxamento das associações, fragmentação, incoerência e bloqueio do pensamento e pensamento ilógico ou bizarro.


Linguagem e fala


Quanto aos aspectos de linguagem, descreve-se o empobrecimento do vocabulário já adquirido, o comprometimento da modulação da fala, a ecolalia e o uso idiossincrásico das palavras, dando-lhes um significado hermético ou ilógico.


Comportamento / Motricidade


São freqüentes: comportamento desorganizado e inadequado, inquietação, falta de espontaneidade e iniciativa, isolamento, descuido com a aparência e com a higiene, maneirismos e trejeitos faciais e corporais.
Condutas impulsivas enigmáticas como automutilação, desnudar-se em locais inapropriados e tentativas de suicídio ou homicídio podem ocorrer.


Alteração do esquema corporal


Pode ser melhor evidenciada por meio de técnicas que utilizem desenhos, modelagem (com massas ou argila), jogos e brinquedos.
Observam-se objetos deformados, figuras humanas estranhas, fragmentadas ou bizarras. Há tendência a apresentar maneirismos e/ou padrões repetitivos de conduta.
A expressão do afeto pode parecer vazia ou estranha.


Afeto


Aparecem distanciamento emocional, redução ou achatamento do tônus afetivo, inadequação e incongruência ou ambivalência.


Humor
São comuns as alterações de humor (depressivo, eufórico, irritadiço ou disfórico) ou descargas emocionais numa psicose esquizofrênica incipiente na infância e na adolescência, o que pode confundir o seu diagnóstico com o de transtornos afetivos.



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Síndrome de Tourette


Síndrome de Tourette 
Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância.
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC) e ao distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH). É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do transtorno ainda é desconhecida.

Sintomas
Em 80% dos casos, os tiques motores são a manifestação inicial da síndrome. Eles incluem piscar, franzir a testa, contrair os músculos da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos abdominais ou outros grupos musculares, além de movimentos mais complexos que parecem propositais, como tocar ou bater nos objetos próximos.
São típicos dos tiques vocais os ruídos não articulados, tais como tossir, fungar ou limpar a garganta, e outros em que ocorre emissão parcial ou completa de palavras.
Em menos de 50% dos casos, estão presentes o uso involuntário de palavras (coprolalia) e gestos (copropraxia) obscenos, a formulação de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase dita por outra pessoa (ecolalia).

Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome de Tourette é essencialmente clínico e deve obedecer aos seguintes critérios: 1) tiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais devem manifestar-se durante algum tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo; 2) os tiques devem ocorrer diversas vezes por dia (geralmente em salva), quase todos os dias ou intermitentemente por um período de pelo menos três meses consecutivos; 3) o quadro deve começar antes dos 18 anos de idade.

Tratamento
A síndrome de Tourette é uma desordem que não tem cura, mas pode ser controlada. Estudos clínicos têm demonstrado a utilidade de uma forma de terapia comportamental cognitiva, conhecida como tratamento de reversão de hábitos. Ela se baseia no treinamento dos pacientes para que monitorem as sensações premonitórias e os tiques, com a finalidade de responder a eles com uma reação voluntária fisicamente incompatível com o tique.

Medicamentos antipsicóticos têm se mostrado úteis na redução da intensidade dos tiques, quando sua repetição se reverte em prejuízo para a autoestima e aceitação social. Em alguns casos de tiques bem localizados, podem ser tentadas aplicações locais de toxina botulínica (botox). Alguns autores defendem que, excepcionalmente, pode ser indicado o tratamento cirúrgico com estimulação cerebral profunda, aplicada em certas áreas do cérebro.
Assista ao vídeo que fala sobre a Síndrome de Tourette em crianças  


Transtorno obsessivo-compulsivo TOC


Transtorno obsessivo-compulsivo



Todos temos nossas pequenas manias. Na maioria elas são inócuas e foram cultivadas depois de algum tempo tendo, na mente, certos pensamentos repetitivos. Mas quando podemos dizer que estas manias se tornam uma doença?
Uma pessoa que mostra muitas obsessões e compulsões rituais: repetições, evitações, obsessões com dúvidas, preocupações excessivas, medo, desconforto, aflição, etc., ao ponto que isso prejudique as suas vidas diárias, talvez sofram de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e devem procurar um psiquiatra.
Exemplos de TOC comuns são os da limpeza, que leva a múltiplas lavagens e da dúvida, com verificações compulsivas. Preocupações com simetria, acúmulo de coisas inúteis, culpas (religião) e superstições também são comuns.


O que é o TOC e quais são os seus sintomas?

O TOC é um transtorno mental incluído pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV) entre os chamados transtornos de ansiedade. Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preo­cupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões. Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão). Um outro exemplo são as dúvidas (obsessão), que são seguidas de verificações (compulsão).

O que são obsessões?

Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam ansiedade, medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).



As obsessões mais comuns envolvem:
  • Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação
  • Dúvidas
  • Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento
  • Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas
  • Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)
  • Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar
  • Preocupações com doenças ou com o corpo
  • Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)
  • Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)
  • Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis
O que são compulsões ou rituais?

Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.

Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.

Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como sinônimos, embora o termo “ritual” possa gerar alguma confusão, na medida em que praticamente todas as religiões e diversos grupos culturais adotam comportamentos ritualísticos e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-marias, ladainhas, rezar 3 ou 5 vezes ao dia, benzer-se ao passar diante de uma igreja. Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. Além disso, certos costumes culturais, como a cerimônia do chá entre os japoneses, o cachimbo da paz entre os índios, ou um funeral com honras militares, envolvem ritos que lembram as compulsões do TOC. Por esse motivo, há certa preferência para o termo “compulsão” quando se fala em TOC.

As compulsões mais comuns são:

  • De lavagem ou limpeza
  • Verificações ou controle
  • Repetições ou confirmações
  • Contagens
  • Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento
  • Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar
  • Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números
  • Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.

Compulsões Mentais

Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:

  • Repetir palavras especiais ou frases
  • Rezar
  • Relembrar cenas ou imagens
  • Contar ou repetir números
  • Fazer listas
  • Marcar datas
  • Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos 
Assistam esse vídeo que fala sobre o Transtorno 







segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fobias

Pois é pessoal por mais incrível que pareça para cada coisa tem uma fobia...
Como esse blog aborda transtornos psíquicos eu resolvi por o nome das fobias em ordem alfabética,não são poucas.


A




  • Abissofobia — medo de abismos, precipícios;
  • Ablepsifobia — medo de ficar cego;
  • Ablutofobia — medo de tomar banho;
  • Acarofobia — medo de ter a pele infestada por pequenos organismos (ácaros);
  • Acerofobia — medo a produtos ácidos;
  • Acluofobia — medo ou horror exagerado à escuridão;
  • Acrofobia — medo de altura;
  • Acusticofobia — medo relacionado aos ruídos de alta intensidade;
  • Aeroacrofobia — medo de lugar aberto e alto;
  • Aerodromofobia — medo de viagens aéreas;
  • Aerofobia — medo de ventos, engolir ar ou aspirar substâncias tóxicas;
  • Aeronausifobia — medo de vomitar (quando viaja de avião);
  • Afobia — medo da falta de fobias;
  • Agliofobia — medo de sentir dor, sinônimo de algofobia;
  • Afefobia — medo de ser tocado;
  • Agorafobia — medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro;
  • Agrafobia — medo de abuso sexual;
  • Agrizoofobia — medo de animais selvagens;
  • Agirofobia — medo de ruas ou cruzamento de ruas;
  • Aicmofobia — medo de agulhas de injeção ou objetos pontudos;
  • Ailurofobia — medo de gatos. Idem galeofobia ou gatofobia;
  • Aletrorofobia — medo de galinhas (ornitofobia);
  • Algofobia — medo de dor. Idem agliofobia;
  • Amatofobia — medo de poeiras;
  • Amaxofobia — medo mórbido de se encontrar ou viajar dentro de qualquer veículo de transporte;
  • Ambulofobia — medo de andar;
  • Amnesifobia — medo de perder a memória;
  • Ancraofobia ou Anemofobia — medo de correntes de ar;
  • Androfobia — medo de homens;
  • Anatidaefobia — medo de ser observado por patos;
  • Anemofobia — medo de ventos;
  • Anginofobia — medo de engasgar;
  • Antofobia — medo de flores;
  • Antropofobia — medo de pessoas ou da sociedade;
  • Antlofobia — medo exagerado de enchentes ou de inundações;
  • Anuptafobia — medo de ficar solteiro (a);
  • Apifobia — medo de abelhas;
  • Aracnefobia ou Aracnofobia — medo de aranhas;
  • Astenofobia — medo de desmaiar ou ter fraqueza;
  • Astrofobia ou astrapofobia — medo de trovões e relâmpagos;
  • Ataxofobia — medo de desordem;
  • Autofobia — medo de si mesmo ou de ficar sozinho (Monofobia, Isolofobia);
  • Automatonofobia — medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrônicas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível);
  • Azinofobia — medo de ser agredido pelos pais.

B

  • Bacilofobia ou Bacteriofobia — medo de bactérias (Microbiofobia);
  • Balistofobia — medo de mísseis;
  • Basofobia ou basifobia — medo de andar ou cair (inabilidade de ficar em pé);
  • Batofobia — medo de profundidade;
  • Botanofobia — medo de plantas ;
  • Batofobia — medo de alturas ou ficar fechado em edifícios altos;
  • Batracofobia — medo de anfíbios (como sapos, salamandras, rãs etc.);
  • Belonofobia — medo de alfinetes e agulhas (aiquimofobia);
  • Bifobia — o medo de bissexuais;
  • Blennofobia — medo de limo ou coisas viscosas;
  • Brontofobia — medo de trovões e relâmpagos;
  • Biofobia — medo da vida.

D

  • Cacorrafiofobia — medo de fracasso ou falhar;
  • Caetofobia — medo de pêlos;
  • Cainofobia ou cainotofobia — medo de novidades;
  • Calipsefobia — medo do apocalipse;
  • Catagelofobia — medo do ridículo (estar ou ser);
  • Catapedafobia — medo de saltar de lugares baixos ou altos;
  • Catisofobia — medo de sentar-se;
  • Catoptrofobia — medo de espelhos;
  • Catsaridafobia — medo de baratas;
  • Cenofobia ou centofobia — medo que caracteriza-se pela aversão e medo mórbido de sentir inquietação de grandes espaços abertos;
  • Cimofobia — medo de ondas ou de movimentos parecidos com ondas;
  • Cinetofobia ou cinesofobia — medo de movimento;
  • Cinofobia — medo de cães;
  • Cipridofobia, ciprifobia, ciprianofobia, ou ciprinofobia — medo de prostitutas ou doença venéreas;
  • Ceraunofobia — medo de trovão;
  • Copofobia — medo da fadiga;
  • Corofobia — medo de dançar;
  • Coniofobia — medo de poeira (amatofobia);
  • Cosmicofobia — medo de fenômenos cósmicos;
  • Cromofobia ou cromatofobia — medo de cores;
  • Cronofobia — medo do tempo;
  • Cronomentrofobia — medo de relógios;
  • Claustrofobia — medo de espaços confinados ou lugares fechados ou seja, o oposto da agorafobia;
  • Cleitrofobia ou cleisiofobia — medo de ficar trancado em lugares fechados;
  • Cleptofobia — medo de ser roubado;
  • Climacofobia — medo de degraus (subir ou cair de degraus);
  • Clinofobia — medo de ir para cama;
  • Clitrofobia ou cleitrofobia — medo de ficar fechado;
  • Cnidofobia — medo de cordas;
  • Cometofobia — medo de cometas;
  • Coimetrofobia — medo de cemitérios;
  • Contreltofobia — medo de abuso sexual;
  • Coprofobia — medo de fezes;
  • Coulrofobia — medo de palhaços;
  • Cremnofobia — medo de precipícios;
  • Criofobia — medo de frio intenso, gelo ou congelamento;
  • Cristãofobia — cristofobia ou cristianofobia — medo dos cristãos.

D

  • Deipnofobia — medo de jantar e conversas do jantar;
  • Demonofobia — medo de demônios;
  • Demofobia ou enoclofobia — medo de multidão (agorafobia);
  • Dendrofobia — medo de árvores;
  • Dermatosiofobia, dermatofobia ou dermatopatofobia — medo de doenças de pele;
  • Dextrofobia — medo de objetos do lado direito do corpo;
  • Diabetofobia — medo de diabetes;
  • Dinofobia — medo de vertigens ou redemoinho;
  • Diplofobia — medo de visão dupla;
  • Dipsofobia — medo de beber;
  • Disabiliofobia — medo de se vestir na frente de alguém;
  • Dismorfofobia — medo de deformidade;
  • Distiquifobia — medo de acidentes;
  • Domatofobia ou oiquofobia — Medo de casas ou estar em casa;
  • Dorafobia — medo de pele de animais;
  • Dromofobia — medo de cruzar ruas.

E

  • Eisoptrofobia — medo de espelhos ou de se ver no espelho;
  • Electrofobia — medo de eletricidade;
  • Eleuterofobia — medo da liberdade;
  • Elurofobia — medo de gatos (ailurofobia);
  • Emetofobia — medo de vomitar;
  • Enosiofobia ou enissofobia — medo de ter cometido um pecado ou crítica imperdoável;
  • Entomofobia — medo de insetos;
  • Epistaxiofobia — medo de sangrar do nariz;
  • Epistemofobia — medo do conhecimento;
  • Equinofobia — medo de cavalos;
  • Eremofobia — medo de ficar só;
  • Ereutrofobia — medo de ficar vermelho;
  • Ergasiofobia — medo de trabalhar ou de operar (cirurgião);
  • Ergofobia — medo do trabalho;
  • Eritrofobia, eritofobia ou ereutofobia — medo de luz vermelha ou do vermelho;
  • Eretofobia — medo mórbido de sentir dor durante relações sexuais;
  • Esciofobia ou esciafobia — medo de sombras
  • Escolecifobia — medo de vermes;
  • Escopofobia ou escoptofobia — medo de estar sendo olhado;
  • Escotofobia — medo de escuro;
  • Escotomafobia — medo de cegueira;
  • Esfecsofobia — medo de marimbondos;
  • Espectrofobia — medo de fantasmas ou espectros;
  • Estasibasifobia ou estasifobia — medo de ficar de pé ou andar (ambulofobia);
  • Estaurofobia — medo de cruz ou crucifixo;
  • Estenofobia — medo de lugares ou coisas estreitas;
  • Estigiofobia — medo do inferno;
  • Estruminofobia — medo de morrer defecando;
  • Estupefaçofobia — medo de estupefacientes ou de os consumir;
  • Estupofobia — medo de pessoas estúpidas.

F

  • Fagofobia — medo de engolir ou de comer;
  • Falacrofobia — medo de tornar-se careca;
  • Farmacofobia — medo de tomar remédios;
  • Febrifobia, fibrifobia ou fibriofobia — medo de febre;
  • Fengofobia — medo da luz do dia ou nascer do sol;
  • Felinofobia — medo de gatos (ailurofobia, elurofobia, galeofobia, gatofobia);
  • Filemafobia ou filematofobia — medo de beijar;
  • Filofobia — medo de enamorar;
  • Filosofobia — medo de filosofia;
  • Fobia social — medo de estar sendo avaliado negativamente (socialmente);
  • Fobofobia — medo de fobias;
  • Fonofobia — medo de barulhos ou vozes ou da própria voz de telefone;
  • Fotoaugliafobia — medo de luzes muito brilhantes;
  • Fotofobia — medo de luz;
  • Fronemofobia — medo de pensar;
  • Ftisiofobia — medo de tuberculose;
  • Flatusfobia — medo de liberar flatos a valer.

G

  • Galeofobia ou gatofobia — medo de gatos, mesmo que Ailurofobia;
  • Gamofobia — medo de casar;
  • Gefirofobia, gefidrofobia ou gefisrofobia — medo de cruzar pontes;
  • Geliofobia — medo de rir;
  • Geniofobia — medo de manter a cabeça erguida;
  • Gerascofobia — medo de envelhecer;
  • Gerontofobia — medo de pessoas idosas;
  • Geumafobia ou geumofobia — medo de sabores;
  • Ghostfobia — Medo de fantasmas;
  • Gimnofobia — medo de nudez;
  • Ginofobia, ginefobia ou ginecofobia — medo de mulheres;
  • Glossofobia — medo de falar ou tentar falar em publico;
  • Gnosiofobia — medo do conhecimento.

H

  • Hadefobia — medo do inferno;
  • Hagiofobia — medo de santos ou coisas santas;
  • Hamartofobia — medo de pecar;
  • Hafefobia ou haptefobia — medo de ser tocado ou de tocar em alguém ou em alguma coisa;
  • Harpaxofobia — medo de ser roubado;
  • Hedonofobia — medo de sentir prazer;
  • Heliofobia — medo do sol;
  • Hemofobia, hemafobia ou hematofobia — medo de sangue;
  • Heresifobia ou hereiofobia — medo de desafiar a doutrina oficial (governo);
  • Herpetofobia — medo de répteis ou coisa que arrastam;
  • Heterofobia — etimologicamente medo do sexo oposto, uso comum: medo da heterossexualidade;
  • Hexacosioihexecontahexafobia — medo do número 666;
  • Hidrargiofobia — medo de medicamentos à base de mercúrio;
  • Hidrofobia — medo de água;
  • Hidrofobofobia — medo de contrair hidrofobia;
  • Hielofobia ou hialofobia — medo de vidro;
  • Hierofobia — medo de padres ou coisas sacras;
  • Higrofobia — medo de líquidos ou umidade;
  • Hilefobia — medo de materialismo ou de epilepsia;
  • Hilofobia — medo de florestas;
  • Hipengiofobia ou hipegiafobia — medo de responsabilidade;
  • Hipnofobia — medo de dormir ou ser hipnotizado;
  • Hipofobia — medo de casas;
  • Hipsifobia — medo de altura;
  • Hobofobia — medo de bêbados ou mendigos;
  • Hodofobia — medo de atravessar estradas;
  • Hormefobia — medo de ficar abalado ou chocado;
  • Homiclofobia — medo de neblina;
  • Hominofobia — medo de homens, mesmo que androfobia;
  • Hoplofobia — medo de armas de fogo;
  • Homofobia — etimologicamente medo do semelhante, uso comum: medo da homossexualidade;
  • Hipopotomonstrosesquipedaliofobia — medo de palavras grandes;
  • Humilhofobia — medo de ser humilhado.

I

  • Iatrofobia — medo de ir ao médico;
  • Ictiofobia — medo de peixe;
  • Ideofobia — medo de ideias;
  • Ilingofobia — medo de vertigem ou sentir vertigem quando olha para baixo;
  • Iofobia — medo de veneno;
  • Insectofobia — medo de insectos;
  • Isolofobia — medo da solidão, de estar sozinho, o medo de ficar isolado (Autofobia, Monofobia);
  • Isopterofobia — medo de cupins.

J

  • Japanofobia — aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de japoneses e de sua cultura.

K

  • Katsaridafobia ou Catsaridafobia — medo de baratas.

L

  • Lachanophobia ou lachanofobia — medo de vegetais;
  • Lactofobia — medo de leite;
  • Laliofobia ou lalofobia — medo de falar;
  • Lesbofobia — medo de mulheres lésbicas;
  • Leprofobia ou leprafobia — medo de lepra;
  • Ligirofobia — medo de barulhos;
  • Ligofobia — medo de escuridão;
  • Lilapsofobia — medo de furacões;
  • Limnofobia — medo de lagos;
  • Linonofobia — medo de cordas;
  • Lissofobia — medo de ficar louco;
  • Literofobia — medo de letras;
  • Liticafobia — medo de processos (civil);
  • Locquiofobia — medo de nascimento (criança);
  • Logizomecanofobia — medo de computadores;
  • Logofobia — medo de palavras;
  • Luefobia — medo de sífilis (lues).

M

  • Mageirocofobia — medo de cozinhar;
  • Maieusiofobia — medo da infância;
  • Malaxofobia — medo de amar (sarmassofobia);
  • Maniafobia — medo de insanidade;
  • Mastigofobia — medo de punição;
  • Mecanofobia — medo de máquinas;
  • Megalofobia — medo de coisas grandes;
  • Melanofobia — medo de cor preta;
  • Melissofobia — medo de abelhas;
  • Melofobia — medo ou ódio de música;
  • Meningitofobia — medo de doença nervosa;
  • Merintofobia — medo de ficar amarrado;
  • Metalofobia — medo de metal;
  • Metatesiofobia — medo de mudar;
  • Meteorofobia — medo de meteoros;
  • Metifobia — medo de álcool;
  • Metrofobia — medo ou ódio de poesia;
  • Micofobia — medo ou aversão por cogumelos;
  • Microbiofobia — medo de micróbios (bacilofobia);
  • Microfobia — medo de coisas pequenas;
  • Mictofobia — medo de escuridão;
  • Mirmecofobia — medo de formigas;
  • Misofobia — medo de germes, contaminação ou sujeira;
  • Mitofobia — medo de mitos, histórias ou declarações falsas;
  • Mixofobia — medo de qualquer sustância viscosa (blenofobia);
  • Molismofobia ou molisomofobia — medo de sujeira ou contaminação;
  • Monofobia — medo de solidão ou ficar só (Autofobia, Isolofobia);
  • Monopatofobia — medo de doença incurável;
  • Motefobia — medo de borboleta e mariposa;
  • Motorfobia — medo de automóveis;
  • Musofobia ou murofobia — medo de ratos.

N

  • Narigofobia — medo de narizes;
  • Nebulafobia — medo de neblina (homiclofobia);
  • Necrofobia — medo de morte ou coisas mortas;
  • Nelofobia — medo de vidro;
  • Neofarmafobia — medo de medicamentos novos;
  • Neofobia — medo de qualquer coisa nova;
  • Nefofobia — medo de nevoeiros;
  • Nictofobia — medo da escuridão ou da noite;
  • Noctifobia — medo da noite;
  • Nictohilofobia — medo de florestas escuras ou a noite;
  • Ninfofobia — medo do sexo;
  • Nipofobia — medo de japonês ou cultura japonesa;
  • Nosocomefobia — medo de hospital;
  • Nosofobia ou nosemafobia — medo de ficar doente;
  • Nostofobia — medo de voltar para casa;
  • Novercafobia — medo da madrasta;
  • Nucleomitufobia — medo de armas nucleares;
  • Nudofobia — medo de nudez.

O

  • Obesofobia — medo de ganhar peso (pocrescofobia);
  • Oclofobia — medo de multidão;
  • Ocofobia — medo de veículos;
  • Odinofobia ou odinefobia — medo da dor (algofobia);
  • Odontofobia — medo de dentista ou cirurgia odontológica;
  • Oenofobia — medo de vinhos;
  • Ofidiofobia — medo de cobras;
  • Oftalmofobia — medo de estar sendo vigiado;
  • Olfactofobia — medo de cheiros;
  • Ombrofobia — medo de chuva ou de estar chovendo;
  • Ometafobia ou omatofobia — medo de olhos;
  • Oneirofobia — medo de sonhos;
  • Onomatofobia — medo de ouvir certas palavras ou nomes;
  • Ostraconofobia — medo de ostras;
  • Orientalofobia — medo de orientais;
  • Ornitofobia — medo de passaros;
  • Octofobia — medo do numero 8.

P

  • Pantofobia — medo de tudo ou de todas as fobias;
  • Pedofobia — medo das crianças;
  • Penterofobia — medo da sogra;
  • Pirofobia — medo do fogo;
  • Parasquavedequatriafobia — medo de sexta—feira 13;
  • Ptesiofobia — medo de viajar de avião.

Q

  • Quadrofobia — medo de ir ao quadro;
  • Quemofobia — medo de substâncias químicas ou de trabalhar com elas;
  • Quenofobia — medo de espaços vazios;
  • Quifofobia — medo de parar;
  • Quimofobia — medo de ondas;
  • Quionofobia — medo de neve;
  • Quinofobia — medo de raiva (doença);
  • Quiraptofobia — medo de ser tocada(o);
  • Quilofobia — medo de esquilos ou qualquer um roedor.

R

  • Rabdofobia — medo de ser severamente punido;
  • Radiofobia — medo de radiação, Raio—X;
  • Ripofobia — medo de defecar;
  • Ritifobia — medo de ficar enrugado;
  • Rupofobia — medo de sujeira.

S

  • Sarmassofobia — medo de seduzir e de participar de jogos de sedução;
  • Satanofobia — medo de satã (demônio);
  • Selafobia — medo de flashes (luzes);
  • Selachofobia — medo de tubarões;
  • Selenofobia — medo da lua;
  • Seplofobia — medo de material radiativo;
  • Sesquipedalofobia — medo de palavras grandes;
  • Sexoafobia — medo de fazer sexo;
  • Sexofobia — medo do sexo oposto (heterofobia);
  • Siderodromofobia — medo de trem ou viagem de trem;
  • Siderofobia — medo de estrelas;
  • Sinistrofobia — medo de coisas do lado esquerdo, mão esquerda;
  • Sinofobia — medo de chinês ou cultura chinesa;
  • Sitofobia ou Sitiofobia — medo de comida ou comer (cibofobia);
  • Socerafobia — medo de padrasto ou madrasta;
  • Sociofobia — medo da sociedade ou de pessoas em geral;
  • Somnifobia — medo de dormir;
  • Simmetrofobia — medo de simetria;
  • Singenesofobia — medo de parentes;
  • Sifilofobia — medo de sífilis;
  • Sofofobia — medo de aprender;
  • Soteriofobia — medo de dependência dos outros;
  • Surifobia — medo de camundongo (rato);
  • Simbolofobia — medo de símbolos.

T

  • Tacofobia ou Tachofobia — medo de velocidade;
  • Taeniofobia ou Teniofobia — medo de solitária (tênia);
  • Tafofobia ou tafefobia — medo de ser enterrado vivo;
  • Talassofobia — medo do mar;
  • Tanatofobia ou tantofobia — medo da morte ou de morrer;
  • Tapinofobia medo de ser contagioso;
  • Taurofobia — medo de touro;
  • Teatrofobia — medo de teatro;
  • Tecnofobia — medo de tecnologia;
  • Telefonofobia — medo de telefone;
  • Teleofobia — medo de definir planos ou de cerimônias religiosas;
  • Teofobia — medo de Deus ou de religião;
  • Teologicofobia — medo de teologia;
  • Teratofobia — medo de crianças ou pessoas deformadas;
  • Termofobia — medo de calor;
  • Testofobia — medo de fazer provas (escolares);
  • Tetanofobia — medo de tétano;
  • Tetrafobia — medo do número 4;
  • Tiranofobia — medo de tiranos;
  • Tocofobia — medo de gravidez;
  • Tomofobia — medo de cirurgia;
  • Tonitrofobia — medo de trovão;
  • Topofobia — medo de certos lugares ou situações, que dão medo ou pavor;
  • Toxifobia, toxofobia ou toxicofobia — medo de se envenenar;
  • Traumatofobia — medo de traumas (físicos);
  • Transfobia — medo de transexuais;
  • Tripanofobia — medo de injeções;
  • Triscaidecafobia — medo do número 13;
  • Tropofobia — medo de mudar ou fazer mudanças.

U

  • Unatractifobia — medo de pessoas feias;
  • Uranusfobia — medo do planeta Urano;
  • Uranofobia — medo do céu;
  • Urifobia — aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante a fenômenos paranormais;
  • Urofobia — medo de urina ou do ato de urinar;
  • Uiofobia — medo dos próprios filhos; medo da prole.

V

  • Vacinofobia — medo de vacinação;
  • Verbofobia — medo de palavras;
  • Verminofobia — medo de vermes;
  • Virginitifobia — medo de estupro;
  • Vitricofobia — medo do padrasto.

X

  • Xantofobia — medo da cor amarela / medo de objetos de cor amarela;
  • Xenofobia — medo de estrangeiros ou estranhos;
  • Xerofobia — medo de secura, aridez;
  • Xilofobia — medo de objetos de madeira ou de floresta.

Z

  • Zelofobia — medo irracional do ciúme;
  • Zoofobia — medo de animais